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DISPLASIA DE COTOVELOS
Infelizmente, a Displasia de Cotovelo é algo muito comum nos berneses e o controle desse problema no Brasil é muito fraco. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, a OFFA, instituição americana de ortopedia veterinária, mantém dados estatísticos sobre a ocorrência da doença em 87 raças diferentes. O bernese é a 3ª raça com maior número de cães atingidos pela displasia de cotovelo, com quase 30% dos cães displásicos nesta articulação. Já na incidência da displasia coxo-femoral, o bernese ocupa a 46ª posição com pouco mais de 10% dos cães afetados. Vale lembrar que essa estatística é americana, portanto a grande maioria dos cães computados são originários daquele país. Mas, fica aqui o alerta. Não adianta o cão ter o controle coxo-femoral se não tiver o de cotovelo... Tão importante quanto o controle da displasia dos membros posteriores é o controle da displasia dos membros anteriores. Procure se informar os pais de seu cão possuem tal exame e nunca se esqueça de fazer as radiografias no seu cão para controlar a displasia de cotovelo também, especialmente se pensa em utilizá-lo para reproduzir.
Você sabe o que é displasia de cotovelo?
A displasia de cotovelo é uma doença hereditária e resume-se em quatro doenças que levam a uma má formação e degeneração da articulação do cotovelo.
Todos esses problemas são de origem genética, mas podem se agravar com influencias do ambiente como: dietas hipercalóricas, obesidade, piso liso, excesso de exercício, crescimento rápido, má utilização de suplementos alimentares, dentre outros.
As quatro doenças indutoras de um problema no cotovelo são: a desunião do processo ancóneo, osteocondrite dissecante, fragmentação do processo coronóide e a incongruência do cotovelo.
O fator mais preocupante da displasia de cotovelo é seu alto grau de hereditariedade, podendo variar de 25 a 45%. Portanto, é um problema que se não for seriamente cuidado desde o início de um cruzamento, pode virar uma bola de neve sem controle. Se imaginarmos que 10 filhotes podem gerar 100 que podem gerar 1000, dá para sentir o tamanho do problema, não é mesmo?
O diagnóstico oficial da displasia de cotovelo só é aceito após 2 anos de idade. Mas, é possível realizar prévias desde os 4 meses de vida do animal para controlar o problema. Lembrando que somente o exame radiológico pode confirmar ou negar a presença deste mal.
Alguns animais portadores da doença podem não manifestar sintomas, outros sentem dificuldade para andar, apresentam andar anormal, mancam, preferem ficar deitados a se movimentar, outros sentem dor ao extender e flexionar o cotovelo.
Os animais afetados não devem procriar.
Em muitos casos, a resolução é cirúrgica, recorrendo-se a mudanças na dieta alimentar do animal e a alterações restritivas nos processos de exercício dos mesmos.
CLASSIFICAÇÃO DA DISPLASIA DE COTOVELO:
Grau 0 - Animal não apresenta sinais de displasia de cotovelo - apto à reprodução
Grau I - Mínima mudança óssea no processo ancôneo - apto à reprodução
Grau II - Mudanças ósseas subcondrais adicionais e/ou osteófitos - inapto à reprodução
Grau III - Bem desenvolvida doença articular degenerativa - inapto à reprodução
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